Encuesta

MESTRE LUCIANO VIEIRA

Dois carpinteiros trabalhavam na carpintaria que pertencia aos dois. Era comum ver o mais velho serrando as madeiras e o mais novo lixando e recolhendo a serragem que caía ao chão. Faziam isso diariamente, ano após ano... Dia chegou, porém, que o mais novo resolveu se revoltar. Inconformado com a rotina do seu trabalho quis trocar de posição com seu amigo carpinteiro. Ele passaria a serrar as madeiras e o outro as lixaria e recolheria a serragem.

O mais velho, mais humilde e mais sábio, aquiesceu sem nada argumentar. Inverteram, pois, as tarefas que estavam sendo realizadas. Após certo tempo de trabalho, começou o mais jovem a reclamar de novo. A serra exigia-lhe mais firmeza nas mãos, o que na verdade ele não tinha e, no geral, as tábuas não saíam bem serradas. Além do que, as dores nas mãos, nos braços, nas costas, estavam a lhe consumir as energias. Calma e serenamente, o mais velho retornou à sua atividade primeira, e o mais moço àquilo que estava acostumado a realizar. E a paz, então, voltou a reinar no ambiente. Quando insistimos em fazer algo para o que não fomos preparados, por certo teremos muita dificuldade em sua consecução.

Dores inúmeras se farão presentes sem que tenhamos condições de supera-las. Contudo, quando realizamos com amor, paciência e dedicação, aquilo que a bondade do Pai confiou à nossa capacidade, por certo a nossa energia para tal tarefa, estará sempre bem equilibrada. Não queiramos, pois, realizar aquilo que não está à nossa altura, no momento. Busquemos com humildade desenvolver o trabalho, por pequeno que seja, que o Senhor nos ofertou como forma de redenção e de evolução. Se viemos para serrar madeira, não queiramos, pois colher a serragem do chão. E se viemos para colher a serragem ou lixar a madeira, não almejemos ainda o trabalho com a serra, pois, por certo, não teremos a destreza necessária para não danificarmos a madeira, pondo, assim, toda a carpintaria a perder. (Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte." Mateus 5-140)

0 comentários: